5 de out. de 2010

O ocaso

Nas mãos da manhã fundamentei meus desejos,
Na ignorância do saber tracei minha vontade.
Cantei planos, pintei sonhos, poetizei anseios,
Fui ator de um roteiro que só existiu nos meus olhos.
Deixei me envolver pela doçura da possibilidade
A realidade e a imaginação se tornaram homogênea
O coração é enganoso quando conveniente,
Plantando esperança em solo impróprio.
Brotando a semente que de forma precoce será sufocada.
Trazendo à tona a realidade, outrora submersa,
Acompanhada de meus equívocos, ledo engano.
Como a água escoa pelos dedos, assim se foi meu devaneio.
Embora não seja o primeiro, tampouco será o último.
Em breve a aurora surgirá com seu ciclo.
O conforto da alma, não sana a tristeza.
No ocaso, o que me resta é agradecer,
Ainda que relutante sei que o melhor me aconteceu.
Obrigado Deus.

Guto